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Sobre insônia e redação mental


A insônia é uma companheira mais frequente do que eu gostaria. Pra ser justo, não é plena, mas parcial. Me faz acordar no meio da madrugada e, sem cerimônias, impede-me de adormecer novamente. Minha alma gêmea, que comigo divide, além desta existência, a cama, às vezes se torna vítima de um chute involuntário que disparo pouco antes do sonho interrompido. Ela compreende. Durmo em sobressaltos. Ela viu na internet um produto que promete melhorar as horas dormidas. Vou tentar.


Nos momentos de sono fugidio, penso. Muito. Na verdade, basicamente escrevo mentalmente. Sempre tive mais facilidade pra redigir do que pra falar. Então boto a caneta imaginária pra funcionar. Quase sempre até sem querer. Não posso evitar, no entanto. Vez ou outra, apelo pra um podcast ou canal do YouTube com aquelas músicas em determinada frequência. Na descrição de um deles, tinha algo como “tente ouvir por 15 minutos”, duvidando que alguém aguentaria sem dormir. Depois de meia hora, desliguei. Não a mente, o canal.


A mente, essa seguiu desperta. Então eu faço o quê? Escrevo. Mentalmente, claro. E tenho ideias. Nem sempre boas. Uma delas foi voltar a fazer algumas crônicas. Tipo assim, sem compromisso. Sem periodicidade definida, sem prazos. Quando – e se – pintar algum assunto sobre o qual me dê vontade de escrever. Vou tentar evitar os mais sérios. Política, por exemplo. Quem sabe consigo me manter apenas naquele lenga-lenga sobre o dia a dia, reflexões, pensamentos, opiniões talvez. Conselhos jamais! Falta cacife pra aconselhar qualquer um sobre qualquer coisa.


Enfim, depois de anos fazendo o Francamente, um espaço de crônicas sobre tudo – ou nada –, agora abro os Pensamentos em Desalinho. Espero ter inspiração pra botar alguma coisa no papel (ou melhor, no notebook) de vez em quando. Se achar que o produto final tem um resquício de qualidade, compartilho nas redes. Não vou ser muito exigente comigo mesmo, senão não publico nada. Mas se o texto ficar uma caca, guardo pra mim e passo vergonha apenas internamente. Bom, por hoje é isso. Até a próxima.


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