"No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra."
Você deve conhecer esses versos, que abrem o poema "No Meio do Caminho", uma espécie de cartão postal da obra de Carlos Drummond de Andrade, publicado em 1928, na "Revista de Antropofagia".
Pedras, aqui, são obstáculos à caminhada. Já na expressão popular "o caminho das pedras", elas são um facilitador para se seguir adiante.
Olha que legal essa tal de língua portuguesa. Você pode construir frases de sentidos opostos usando praticamente as mesmas palavras!
Veja elas aqui de novo:
"É pau, é pedra, é o fim do caminho".
Desta vez, em "Águas de Março", do Tom Jobim.
"Eu caminho,
a pedra, não
Piso ou pulo
Um ou outro, caminho
Pedra não é fim, é meio,
da flor, é só espinho".
Esse é meu.
É isso, brincar com nosso idioma ativa a criatividade e traz repertório.
Tenta aí! Faz o seu verso com pedra e caminho (podem estar no plural) e manda aqui nos comentários.
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